Diante do aumento dos casos de dengue que podem ter uma ascensão constante até abril e dos casos de Covid-19 no pós-Carnaval, a Secretaria de Saúde esclarece sobre os sintomas de cada infecção. As duas infecções são causadas por vírus, possuem sintomas semelhantes, no entanto, a evolução do quadro clínico de cada uma é diferente. Conheça os principais sintomas da dengue e Covid-19.
DENGUE
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, presente em muitos quintais e terrenos com materiais e objetos que acumulam água, ideais para sua proliferação. Existem quatro tipos diferentes do vírus com os sorotipos 1, 2, 3 e 4 presentes, no entanto, podem causar diferentes formas da doença.
A dengue pode ser assintomática, mas os sintomas mais comuns podem ser febre alta e repentina podendo durar de dois a sete dias, dor de cabeça, principalmente na região ocular, dores nas articulações e músculos, cansaço e manchas vermelhas na pele. Também são comuns náuseas e vômitos, falta de apetite, fraqueza, dor abdominal, podendo ocorrer diarreia com fezes pastosas. A vermelhidão na pele (exantemapode ocorrer com ou sem coceira, dependendo do sorotipo da doença.
Em sua forma mais grave, a dengue pode provocar a morte se não tratada adequadamente. Ela pode se manifestar de três a cinco dias após os sintomas comuns, seguida de febre com sudorese. Também pode ocorrer queda de pressão, dores no estômago e abaixo das costelas, momento em que a hemorragia ocorre em pequena quantidade. No estágio mais grave da doença, o fígado fica prejudicado e doloroso, com apresentação de cólicas abdominais intensas, podendo ocorrer hemorragia no tubo digestivo e pulmões.
Não há tratamento específico para a doença. A recuperação exige repouso, hidratação e orientação médica. Não são recomendados alguns tipos de medicamentos, como por exemplo, os remédios à base de ácido acetilsalicílico. Os pacientes que apresentarem algum sintoma, devem procurar uma unidade de saúde.
COVID-19
A Covid-19, também conhecida como coronavírus, é causada pelo Sars-CcoV-2, um vírus da família do Coronavírus, sendo transmitida por via respiratória, através de contato direto com pessoa infectada ou com gotículas respiratórias por meio da tosse ou espirro. A infecção é potencialmente grave e altamente transmissível.
A doença também pode ser assintomática, mas quando os sintomas surgem podem ser febre alta, dor de garganta e de cabeça, calafrios, cansaço e dores musculares, obstrução nasal, coriza, tosse seca. Outros sintomas menos comuns são perda de paladar ou olfato, náusea ou vômito, diarreia, calafrios ou tonturas. Entre os sintomas de quadros graves estão falta de ar, perda de apetite, confusão mental, dor ou pressão persistente no peito e febre acima de 38º C.
A Covid pode resultar em quadros graves, principalmente em idosos, pessoas imunocomprometidas e com comorbidades. As pessoas vacinadas podem apresentar sintomas mais leves da infecção. Por isso, a importância de manter a vacina em dia. Diante de qualquer sintoma citado, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para a realização do teste que detecta a doença. O uso de máscara é recomendado para evitar o contágio do vírus por parte das pessoas que convivem com o paciente.
Com as doses das vacinas em dia, a recuperação da maioria dos pacientes de Coronavírus ocorre sem necessidade de tratamento hospitalar. O vírus da Covid-19 tem originado variantes, por isso a importância de atualizar a carteira de vacinação contra as novas variantes.